Se no passado, o êxodo rural orientava o caminho dos jovens (do campo para as cidades), agora, o desemprego nas grandes cidades junto com a tecnologia, formam uma força importante na direção oposta, que começa a atrair jovens novamente para o interior do país.

E aí, se você ainda tem aquela imagem estereotipada do homem do campo, com pouco estudo, que planta e fica torcendo pra chover ou não chover…esquece!

Nós já estamos vivendo tempos de AGRICULTURA DE PRECISÃO, embarcando na agricultura ROBÓTICA com a perspectiva de ela virar AUTÔNOMA. E isso tem transformado o perfil do agricultor brasileiro, que agora é DIGITAL.

O que significa isso?

Significa que o agricultor está adotando ferramentas tecnológicas altamente inovadoras para todo o processo agrícola – desde o plantio até a colheita. É possível citar avanços que estão revolucionando o campo, permitindo aumento da produtividade com redução dos riscos e, consequentemente, do custo da lavoura.

Há mais prós, mas é preciso considerar ainda alguns desafios a serem superados nessa revolução do campo:

Existe infraestrutura no campo para dar suporte ao avanço da tecnologia?

Pois é! Muitas vezes, não pega nem celular em zonas rurais. É aí que entram a criatividade e o talento das Agritechs brasileiras, que têm conseguido criar soluções pra contornar essa dificuldade.

Eu conversei com o Herlon Oliveira, da Agrusdata, e ele que propõe o cruzamento de big data com algoritmos inteligentes para prever o que vai acontecer com a plantação e sugerir ações mirando a produtividade e o rendimento das lavouras. Isto tem sido possível em função do desenvolvimento das seguintes tecnologias:

  • Redes de longo alcance e baixo consumo de energia (com baterias capazes de durar 10 anos)
  • Redes neurais computacionais
  • Sistemas de transmissão de dados via rádio integrados a algoritmos inteligentes

Esse último é a base do trabalho de uma outra startup que eu fui conhecer no Habitat: a Syntecsys. Lá, eles fazem a detecção automática de incêndios, identificando focos num raio de até 15Km – com agilidade e coordenadas precisas, é possível reduzir o tempo de socorro e portanto os prejuízos decorrentes das queimadas. Mas o mais surpreendente é que o CEO, Rogério Cavalcante pretende fazer: detectar onde vai pegar fogo, antes de o incêndio acontecer – com base no cruzamento de indicadores como histórico, umidade, temperatura e até a densidade demográfica da área.

É velha intuição dos produtores à moda antiga dando espaço para a precisão. Tudo isso para dar conta do aumento da demanda de alimentos decorrente do crescimento mundial da população que, em 2050, vai chegar próxima da marca de 10 bilhões de pessoas.

Assista ao comentário completo de Patricia Travassos no Globonews em Ponto.

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