Sabemos que as férias são um ótimo momento para se desconectar, mas isso não significa que tenhamos que abrir mão da tecnologia na hora de descansar ou passear. Muito pelo contrário! Ela vem facilitando demais e transformando o nosso jeito de viajar antes, durante e depois da folga.

Antes: já no planejamento da viagem, a gente percebe que os tradicionais guias (antes impressos) migraram para as redes sociais. Existem ainda opções de aplicativos que sugerem roteiros cruzando as suas preferências com o tempo de  permanência do local. Fazer check-in com reconhecimento facial também já é realidade em algumas companhias aéreas, com o intuito de agilizar e aumentar segurança do viajante…Em aeroportos internacionais, você pode “contratar” robôs que carregam suas malas e o acompanham até o portão de embarque…

Durante: fazer reserva online em atrações turísticas evita filas e garante agendamento e organização do calendários de viagem (o que talvez não seja muito bom para quem prefere o improviso). Outra ferramenta que tem facilitado muito a vida dos turistas são os aplicativos de tradução simultânea.

Depois: descobrimos uma opção para você voltar pra casa sem roupa suja pra lavar. Imagina que maravilha!

Viajar sem precisar levar mala cheia de roupa! É o que propõe uma plataforma de aluguel de roupas criadas por duas empreendedoras de Singapura. Você entra na plataforma, diz o tipo de viagem e o clima do passeio e o site sugere looks que, depois de selecionados, serão entregues onde você for se hospedar. Sendo assim, você passa a viajar apenas com uma malinha de mão, com roupas íntimas e itens pessoais, sem precisar carregar pesados casacos de inverno para cima e para baixo. Por enquanto, o site funciona em Amsterdã e está ampliando o serviço para Londres e Paris.

Eu entrevistei as criadoras do Gibbon. Segundo elas a ideia pegou carona na cultura do compartilhamento que vem ganhando espaço no mundo todo, onde as pessoas começam a não estranhar mais dividir o guarda-roupa, assim como compartilhar o carro ou um cômodo da casa ou do apartamento onde moram para hospedar turistas.

Em consequência desse novo comportamento, os hotéis tiveram que sair da zona de conforto e se diferenciar para oferecer um serviço mais atrativo.

O Hotel Pullman aqui de São Paulo colocou um recepcionista robô para auxiliar os hóspedes. O gerente do hotel, Ronei Borba, garante que o robô está preparado para responder 4 mil perguntas de contexto turístico. “Por exemplo, a senha do w-fi, o horário do café da manhã… Se você perguntar onde é o banheiro mais próximo, ele pode acompanhá-lo até lá, se quiser uma sugestão de restaurante italiano, ele pode indicar opções mais próximas ou mais estreladas, mostrar cardápio, fotos…”

Segundo o fundador da PluginBot, empresa resposnável pela gestão de conteúdo e inteligência artificial do robozinho, Alvaro Manzione, “o contato com o robô traz mais informações para, a cada atualização do sistema, ele aprender e ser mais assertivo e esperto”.

No fim do dia, o que se quer é recolher dados sobre os interesses dos hóspedes para oferecer uma experiência cada vez mais personalizada.

Bom, e tem mais: câmera de reconhecimento facial para garantir mais segurança aos hóspedes, match de informações com as redes sociais para surpreender. Imagina chegar num quarto de hotel e encontrar fotos suas nos porta retratos (isso tira aquela impessoalidade típica dos hotéis)… Enfim, a nossa privacidade está em xeque, mas quem embarcar na brincadeira e autorizar o compartilhamento dos seus dados, pode encontrar algumas vantagens nisso e ser até surpreendido.

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Prosa Press

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